Martim Afonso de Sousa, donatário de uma capitania hereditária, saíra de Portugal em dezembro de 1530, com quatro navios, trazendo diversas pessoas e ferramentas para iniciar um engenho de açúcar no Brasil. O engenho, chamado de Engenho dos Erasmos, é um dos mais antigos engenhos construídos no país.
Uma das missões de Martim Afonso era patrulhar a costa brasileira e expulsar franceses que contrabandeavam pau-brasil na costa brasileira, desrespeitando o Tratado de Tordesilhas.
Durante a viagem pelas costa brasileira, encontra-se com Diogo Álvares, o Caramuru, que vivia entre os tupinambá na Bahia de Todos os Santos. Percorreu o litoral e navegou até o rio da Prata.
Foi no retorno dessa viagem que ocorreu a fundação oficial da vila de São Vicente, em 22 de janeiro de 1532, com a ajuda do português João Ramalho, que há vivia no Brasil entre os tupiniquins desde 1510 e chamavam o local de Goyahó.
O nome São Vicente já havia sido dado pelos navegadores da expedição de reconhecimento de 1501/1502, segundo relato de Américo Vespúcio. Em 1532 o lugar já era habitado por alguns portugueses, como o mestre Cosme Fernandes, conhecido como Bacharel da Cananeia.
A estada de Martim Afonso de Sousa no Brasil foi breve. Em 1533 já se encontrava em Lisboa foi nomeado capitão-mor do Mar das Índias, rumando então para oriente. Sua mulher, Ana Pimentel, no entanto, retornou para São Vicente, sendo responsável por governar a capitania após a partida de seu marido.
Em seu retorno, Ana Pimentel levou consigo algumas cabeças de gado bovino, tendo sido estas as primeiras a serem introduzidas nas terras do Brasil. Introduziu também na capitania de S. Vicente o cultivo do trigo, do arroz e da laranja.
