Em 1526 a corte portuguesa em Lisboa recebeu informações de seu embaixador na França que embarcações francesas estavam sendo armadas para uma expedição ao Brasil.
Cristóvão Jacques foi acionado para uma expedição de patrulhamento e assim guardar as costas brasileiras, protegendo-a dos contrabandistas de pau-brasil. Não seria essa a primeira viagem do navegador, que já teria realizado uma ou mais viagens anos antes, pelo menos desde 1516. As informações disponíveis acerca de suas expedições são raras, dispersas e confusas, ou conflitantes entre si.
Supõe-se que tenha sido um dos responsáveis pelo estabelecimento da feitoria de Itamaracá, no atual estado de Pernambuco, uma das mais antigas do Brasil. Possivelmente seja datada de 1516. Não se sabe se essas primeiras feitorias eram construções fortificadas de pedra ou argamassa, ou apenas paliçadas de madeira que não durariam mais do que alguns poucos anos.
J.F. de Almeida Prado conta que de Pernambuco destinou-se à Baía de Todos os Santos, no ano de 1826, onde encontrou contrabandistas franceses, vencendo-os em batalha e fazendo 300 prisioneiros. Sem clemência, teriam sido torturados, mortos, entregues a canibais, enterrados vivos e outras ignomínias que, no mais, não podemos saber em detalhes e o que teriam de verdade ou lenda. Diz-se, no entanto, que o suplício dos marinheiros franceses causou grande comoção na França.
Por notícias de outros navegadores, a serviço da Espanha, como Sebastião Caboto e Juan Días de Solís, sabemos que Cristóvão Jacques e seus companheiros realizaram diversas navegações pela costa oriental do continente, até ao Rio da Prata.
A foz do Prata foi entendida pelos portugueses como sendo parte do Brasil, ou melhor, o limite sul da costa brasileira, sendo a foz do Amazonas o limite norte.
Esse entendimento será questionado pelos espanhóis e levará a conflitos de séculos entre as duas coroas naquela região.